Quando comprei meu GameCube em meados de 2012, eu já tinha na cabeça que queria esse jogo na minha coleção e quando decido isso, tenho o costume de não ler análises (meio contraditório, pois vou tentar escrever uma) e nem assistir vídeos antes de jogar, pois não quero estragar nenhuma experiência que vou ter. Eu faço mais ou menos como fazia antigamente: a vontade de jogar desperta só de olhar algumas capturas (screenshots) do game. Sendo assim, ao colocar as mãos em Luigi’s Mansion no início do ano, fui surpreendido do início ao fim, mesmo sendo um jogo de 2001. Tanto que resolvi escrever uma pequena análise, mas será que foi uma experiência boa? Confira!

Como você deve saber ou ter percebido, o Luigi é o protagonista deste jogo, mas este não foi o primeiro jogo a contar com o irmão do Mario no papel principal. Ele foi o segundo para ser mais exato (o primeiro foi Mario is Missing! de 1992/93). Mas aqui Luigi brilha, pois é um jogo bem divertido e carismático!

A história é mais ou menos assim: Após receber uma carta e ler que havia ganho uma mansão numa loteria, que ele sequer jogou, Luigi convida Mario para ir atrás do seu prêmio e acaba descobrindo que é uma mansão mal-assombrada e, pior ainda, seu irmão foi sequestrado (pois tinham combinado de se encontrar por lá) e mantido preso em um cômodo trancado no porão (que você descobre espiando por um vão). Sua missão é eliminar os fantasmas e salvar seu irmão!


  
    Eis a mansão que ele supostamente ganhou na loteria
Eis a mansão que ele supostamente ganhou na loteria - Imagem: IGDB

Porém, antes de descobrir que a mansão é mal-assombrada, você tenta entrar nela e dá de cara com um fantasma! Medroso por si só, Luigi sai correndo e é salvo pelo professor E. Gadd, um cientista maluco, que explica o porquê dos fantasmas na casa e também diz que tem a solução ideal para capturá-los: o aspirador de pó “Poltergust 3000”!

Toda mêcanica do jogo está praticamente relacionada à esse aspirador, que você controla através do analógico C (C Stick) e suga com o botão R. Mais para frente, você pode sugar alguns elementos especiais, como água, fogo, gelo e expelir pelo aspirador com o botão L. Outro recurso que o Luigi possui é a lanterna, que também é controlada pelo analógico C e que o Luigi a acende automaticamente quando entra em alguma sala escura. Para apagá-la, você deve manter o botão B pressionado. Essa também é uma mêcanica legal do jogo, pois serve como tática para capturar fantasmas, pois se manter a lanterna apagada e um fantasma começa te perseguir, você pode acender a lanterna no momento certo para atordoá-lo, ficando mais fácil de capturar com o aspirador depois.

Para capturar um fantasma, você deve usar o aspirador e assim que começar a sugá-lo, você tem que ir para a direção oposta a ele, como se tivesse fisgando um peixe. Cada fantasma tem uma espécie de contador, como se fosse a vida deles, que quando você o suga, esse contador vai diminuindo até chegar a zero, onde ele não resiste e é transportado para dentro do aspirador. Alguns fantasmas mais adiante, vão requerer que você use algum elemento especial para derrotá-lo, como por exemplo, fogo, gelo e água, para isso você terá que encontrar o medalhão correto para destravar seu aspirador a fazer isso.


  
    Maarriooo!
Maarriooo! - Imagem: IGDB

O jogo é quase um metroidvania, onde você terá que percorrer a mansão de cabo a rabo várias vezes, porém, assim como é comum no gênero, diversas áreas, no caso, cômodos estão bloqueados. Como quase todo cômodo tem fantasmas, para avançar, você deve aspirar todos eles, pois com isso você receberá um baú com um item que pode ser uma chave de um outro cômodo, uma peça de um pequeno puzzle ou simplesmente moedas mesmo.

O jogo também conta com diversos chefes que seguem a mesma lógica dos fantasmas comuns, porém sempre têm um jeito diferente para derrotá-los e descobrir esse macete faz parte da dinâmica do jogo. São divertidos de derrotá-los, mas sem muito desafio! Ah, mesmo os fantasmas comuns, tem seus macetes para derrotá-los, pois existem “espécies” diferentes entre eles.


  
    Os chefes são divertidos
Os chefes são divertidos - Imagem: IGDB

Como um desafio à parte, a mansão também está empestada de fantasmas Boo e capturar todos eles é um bônus legal de fazer!

Agora, um ponto do jogo que merece destaque são os gráficos, muito caprichados e bonitos! O clima sombrio de andar pela mansão escura é muito prazeroso, ainda mais com o Luigi cantarolando de nervoso. Mandaram muito bem nesse aspecto! Tanto que joguei no Nintendo Wii usando um cabo componente numa televisão de LCD e a imagem estava ótima, parecia jogo de Wii! :D


  
    A cerveja que me acompanhou durante a jogatina foi a 'Catharina Sour com Tangerina e Gengibre' da Dama Bier
A cerveja que me acompanhou durante a jogatina foi a 'Catharina Sour com Tangerina e Gengibre' da Dama Bier - Foto: Instagram

Luigi’s Mansion foi lançado junto com o lançamento do GameCube, sendo assim, ele veio para mostrar todo potencial do novo console da Nintendo! Porém, o único ponto fraco do jogo é justamente esse, pois ele acabou se tornando um jogo sem muito desafio e também relativamente curto. Mas que na minha opinião é um ótimo jogo! A série ganhou uma sequência com o Dark Moon que saiu para o Nintendo 3DS em 2013 e depois veio o terceiro título em 2019 para o Nintendo Switch. Ah, teve em 2018, um remake/port deste primeiro título para o Nintendo 3DS também, com diversas melhorias, entre elas o suporte ao multiplayer cooperativo.

E aí, já jogou Luigi’s Mansion? Comente aí o que achou!

Luigi's Mansion

GameCube


Desenvolvido por: Nintendo
Publicado por: Nintendo
Data de Lançamento: 2001
Gênero: Aventura

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Finalizado em: Jan / 2021