Análise - Uncharted: Golden Abyss

Num momento de plena compulsão, acabei comprando o portátil da Sony, o PS Vita, numa promoção do site Wal-Mart algum tempinho atrás. Tratava de um PS Vita com cartão de 4 GB e mais dois jogos em mídia física: PlayStation All-Stars Battle Royale e o Uncharted: Golden Abyss. O primeiro jogo, eu dispenso, mas já o Uncharted.. Tem algum tempo que estava na curiosidade de jogá-lo, pois sou fã da série e este é exclusivo para o portátil, eu tinha até cogitado uma vez pegar um PlayStation TV, mas descobri que ele não suporta o Uncharted. Então, não pensei duas vezes quando apareceu esta promoção! ^^

Lançado no final de 2011 junto com o lançamento do PS Vita, Uncharted: Golden Abyss veio para mostrar todo o poder do maravilhoso portátil da Sony! E ao contrário do que possa imaginar, ele não foi desenvolvido pela Naughty Dog, responsável pelos jogos do PS3, e sim pela Bend Studio, uma subsidiária da Sony Computer Entertainment (SCEA). Porém, é claro, a Naughty Dog supervisionou todo o projeto!

A história do jogo se passa um ano antes do primeiro Uncharted, Nathan Drake, o protagonista da série, para quem não conhece é um caçador de tesouros à lá Indiana Jones e Lara Croft, da série Tomb Raider. Ele está na América Central, próximo ao Panamá, em busca de uma cidade lendária perdida. Desta vez, seu parceiro não é Victor Sullivan, e sim, Jason Dante, um explorador que não passa muita confiança. No caminho você também encontra, Marisa Chase, neta de um famoso arqueólogo. Ela está em busca de informações do verdadeiro paradeiro do seu avô, desaparecido na região, mas vou não contar detalhes, para não dar spoilers.

O que mais impressiona no jogo, com certeza, são os gráficos! Eles são incríveis, não deixando nada à desejar comparados com os jogos do PS3, tem lugares que você até dá uma paradinha para admirar o cenário, acho que isso já é clichê da série! ^^

Como o jogo foi lançado com o PSV e com exclusividade, é certeza que ele foi feito para apresentar quase todos os recursos do portátil: tela touch, touchpad traseiro, câmera e acelerômetro. Mas o que é legal, é que na maioria da vezes, são controles opcionais, podendo adotar os mesmo comandos e movimentos através dos controles clássicos mesmo. Por exemplo, durante uma escala, você fazer que Drake percorra todo um trajeto, simplesmente arrastando o dedo sobre o trajeto que deseja na tela, que ele irá realizar os pulos e escaladas automaticamente. Porém, felizmente, você pode fazer o mesmo trajeto usando controles “antigos”.

Mas algumas destas inovações são bem legais e agregam bem ao contexto, por exemplo, certos momento Drake utiliza lápis e papel para passar sobre uma superfície com relevos e reproduzir seu desenho no papel, e para fazer isso, você tem que usar o dedo na tela como se estivesse passando o lápis por todo o papel. Outro exemplo, é quando você acha um artefato, ele geralmente estará sujo, então você deve passar o dedo para limpá-lo. Eu achei bacana estes recursos, te aproxima mais da experiência de uma aventura arqueológica.

Por falar em artefatos e arqueologia, a quantidade de colecionáveis e desafios é absurda, um prato cheio para quem gosta disso! Além dos tradicionais tesouros, há uma categoria de mistérios, onde você tem que coletar artefatos, documentos, mapas e ainda, uma novidade: fotografar locais determinados para resolver o mistério!

Bom, para finalizar, joguei o jogo do começo ao fim totalmente empolgado (tanto com o jogo quanto com o portátil) até que consegui conquistar a platina dele, que aliás, não é complicada, mas também não é tão simples! ^^

E de todo o jogo, eu só não gostei de uma coisa: enfrentar os chefões usando QTE (Quick Time Events), e não era um QTE tradicional, você tinha reproduzir um desenho na tela, por exemplo, para aplicar um golpe, apareceria um Z, ou qualquer outra forma, na tela e, em seguida, você tinha que passar o dedo reproduzindo esta forma que apareceu.

Uncharted: Golden Abyss é um grande jogo que provavelmente deixou muita gente empolgada com o lançamento do portátil, porém, é uma pena que a Sony já não esteja dando tanta atenção assim para ele. Mas como eu peguei agora, acredito que tenho muito o que explorar na plataforma, pelo menos, comecei muito bem! :D